Num primeiro momento, dando o "start", a aura romântica se instala entre os corpos de dois seres que buscam o encontro. Essa aura supera traumas passados, expectativas e valoriza a auto-estima de cada um. É frenética, envolvente, excitante, marcante.
No começo, existe afeto, comunicação que flui, atração sexual e, às vezes, estima e confiança recíprocas. Um aprecia e admira o outro, idealizando-o.
Trocas se transformam em amor e ambos experimentam a sensação se ser seres únicos, almas gêmeas, vivendo em prelo "estado de graça". Enfim, são levados a crer que estão vivendo um momento mágico, misterioso e perfeito, como que planejado pela providência divina.
Mas o que ocorre com o passar do tempo?
O que acontece com o encantamento romântico e a admiração?
Podemos chamar este momento de "ambivalência dos afetos". O ódio e o amor, a atração e a repulsão, o afeto e a aversão, nunca podem ser separados completamente.
Nós, apesar de vivermos todos os nossos relacionamentos, mesmo os mais ricos e felizes, sob o signo da ambivalência, muitas vezes, eles se transformam em fonte das mais variadas possibilidades de crescimento e troca.
E assim, segue o processo terapêutico para promover no indivíduo este autoconhecimento, esta ambivalência que caminha juntamente com tudo o que sentimos e desejamos, que fazem parte dos conteúdos internos de cada um.
Estar aberto para esta compreensão é estar aberto para as suas relações, sejam afetivas, familiares, amizade social / de relacionamento e profissional.